terça-feira, julho 11

GM

Hoje saiu a oficialização que a GM iria fechar até ao final do ano..Mais 1100 postos de trabalho directos e 600 indirectos (pelo menos) vão deixar de existir.è incrivel como o capital se instala nos vários paises, lhes suga a riqueza e parte deixando so a pobreza e a tristeza nos povos que explora.Faz lembrar uma carraça que suga o sangue quando o deseja, desprende-se quando esta satisfeita e logo arranja outro hospedeiro quando sente essa necessidade...
Neste mesmo dia a banca fez saber que o seu melhor ano em portugal foi o de 2005, como já tinha sido o de 2004 e como será concerteza o de 2006.É curioso verificar que á medida que temos um povo cada vez mais despojado exista meia duzia de "iluminados" que fazem fortuna á custa destes.Voltamos novamente á história da carraça mas esta de uma estirpe diferente daquelas que não largam e que nunca estão satisfeitos..
Não me despeço sem deixar a piada do dia; os jogadores da selecção queriam ter isenção de impostos relativos aos prémios de jogo ganhos no mundial..Eles coitados já sobrevivem com o ordenado minimo e agora atrevem-se a pedir as mesmas regalias que o belmiro de azevedo tem para as suas empresas..É de rir, mas com a lágrima no canto do olho..Voltamos ao pré 25 de Abril...

abraço

domingo, julho 9

A BANDEIRA COMUNISTA

Para recordar...
"Um dos mais conhecidos poemas de Ary e seguramente dos mais queridos dos militantes do PCP, A Bandeira foi escrito em condições que merecem ser recordadas.

Na segunda-feira, 11 de Agosto de 1975 o Centro de Trabalho do PCP em Braga foi destruído e incendiado após um ataque comandado por um grupo operacional do ELP, como mais tarde veio a ser revelado por numerosas investigações e directamente reconhecido por alguns dos membros do comando directamente envolvidos.

O «Avante!» enviara no fim de semana anterior para Braga um seu colaborador fotógrafo, uma vez que corriam insistentes boatos de incidentes em Braga na segunda-feira por (como sucedeu em diversos outros actos terroristas) ser dia de feira. Tendo resolvido pernoitar no Porto, o repórter chegou a Braga a meio da manhã verificando então que os provocadores haviam já desencadeado as agressões e que o Centro de Trabalho (onde se encontravam numerosos militantes) estava já cercado.

Apedrejamentos e tentativas de fogo posto sucederam-se ao longo do dia, tendo – de forma equívoca nunca inteiramente esclarecida – os defensores do Centro acabado por ser retirados por uma força militar que deixou o edifício entregue aos fascistas que completamente o destruíram e incendiaram.

Tomado pelos provocadores como um repórter que lhes era favorável, o fotógrafo do «Avante!» pôde assim obter ao longo do dia as mais extraordinárias imagens da violência fascista à solta, muitas das quais foram publicadas na edição seguinte do «Avante!», a 14 de Agosto.

Para essa mesma quinta-feira, a Direcção da Organização Regional de Lisboa convocara para o hoje Pavilhão Carlos Lopes um comício de solidariedade com os camaradas das organizações atingidas pelo terrorismo e de exigência de medidas de salvaguarda da ordem democrática.

Na redacção do «Avante!» decidimos montar num dos átrios do Pavilhão uma exposição com ampliações das fotos de Braga, de que só uma pequena parte havia sido publicada no jornal. Feitas as ampliações, colocou-se o problema das legendas – que acabou a ser um duplo problema...

A questão era que as imagens tinham uma força tal que qualquer palavra, qualquer frase parecia estar ali a mais. Contudo...

Lembrámo-nos então, telefonou-se ao Zé Carlos para a Espiral, agência de publicidade onde trabalhava, e dissemos-lhe do problema: «Não serias capaz de fazer aí qualquer coisa, uns versos com força, isto não há legendas que resolvam isto...». «Esperem lá um bocado que eu já ligo.»

Meia hora depois o telefone tocava e ouvia-se o vozeirão do outro lado: «Então vejam lá se esta coisa serve.»

Era A Bandeira Comunista. Copiada ao telefone, dactilografada e ampliada, iniciou nessa noite de luta um caminho que não findou jamais."
A bandeira comunista

Foi como se não bastasse
tudo quanto nos fizeram
como se não lhes chegasse
todo o sangue que beberam
como se o ódio fartasse
apenas os que sofreram
como se a luta de classe
não fosse dos que a moveram.
Foi como se as mãos partidas
ou as unhas arrancadas
fossem outras tantas vidas
outra vez incendiadas.
À voz de anticomunista
o patrão surgiu de novo
e com a miséria à vista
tentou dividir o povo.
E falou à multidão
tal como estava previsto
usando sem ter razão
a falsa ideia de Cristo.
Pois quando o povo é cristão
também luta a nosso lado
nós repartimos o pão
não temos o pão guardado.
Por isso quando os burgueses
nos quiserem destruir
encontram os portugueses
que souberam resistir.
E a cada novo assalto
cada escalada fascista
subirá sempre mais alto
a bandeira comunista.
JOSÈ CARLOS ARY DOS SANTOS

quarta-feira, julho 5

IDEAL

Li isto num livro que estou a reler e lembrei-me de publicar em nome de todos os comunistas que foram e ainda são perseguidos por esse mundo fora..
"Nunca me foi permitido falar com eles na prisão e, não obstante, pensávamos fazer exactamente o mesmo.Quando os homens têm o mesmo ideal, nada pode torná-los incomunicáveis, nem as paredes de uma prisão, nem as terras dos cemitérios, porque um mesmo pensamento, uma mesma alma, uma mesma ideia, uma mesma consciência e dignidade os junta."
Fidel Castro em "A história me absolverá"