domingo, outubro 23

Eles andem aí..


"Há um direito á esperança.E há uma esperança que não fica á espera, antes se transforma em acção em trabalho e em luta.Organizar para Lutar, resistir para crescer, unir para vencer, transformar Portugal num País mais livre, mais justo e mais fraterno."
Jerónimo de Sousa
Meses depois de sabermos que ele já era candidato, ele apresentou-se..Até parece que era surpresa, tal o alarido da comunicação social.Eu confesso liguei a tv e pensei que seria uma perseguição digna dum programa de tv americano o que estava a ver em directo, digo mais, para fazerem dele Dom Sebastião bastava que ele viesse não num mercedes preto mas num cavalo branco e que fosse uma manha de nevoeiro e não um princípio de noite molhada.Se não sabem de quem falo recuem no tempo e lembrem-se de um primeiro ministro algarvio magro e alto.Sim esse mesmo que é um dos responsáveis pelo atraso do nosso país, esse mesmo que com as mesmas ideias que hoje são vendidas com novas e revolucionárias iniciou a crise que até hoje se prolonga...


"Foi Cavaco Silva que, durante os dez anos que esteve à frente do governo do país, que protagonizou uma das maiores ofensivas contra os direitos individuais e colectivos dos trabalhadores ..."

"Foi com Cavaco Silva e no seu ciclo governativo que se iniciou o processo de subversão das leis laborais, da lei da greve, dos despedimentos, abrindo as portas aos despedimentos colectivos e ao aumento da idade da reforma das mulheres."

"Foi com Cavaco Silva no governo que se acelerou o processo de reconstituição das grandes fortunas e de entrega do melhor património público empresarial, nomeadamente as empresas dos sectores básicos ao grande capital nacional e estrangeiro. "

"Foi Cavaco Silva, o responsável pela entrada sem preparação de Portugal na moeda única que conduziu à perda de mais de 20% da nossa competitividade em relação à média europeia. "

Quando votarem em janeiro não se esqueçam do passado e olhem para o futuro.Todos sabemos quem ele é e o que fez...e não só ele...

quarta-feira, outubro 19

VENDE-SE...

Ford Fiesta 1.1 clx, 3P., 1991, 100000 km, 60 cv, gasolina, cinzento, FC, INSP., PM, AR, TA, VE, como novo, muito estimado, pouco uso. €1000, V.F.Xira

é o carro do meu pai se alguem tiver interessado ousouber de quem esteja avise :)

sábado, outubro 15

Obrigada...

Quem me ama enviou-me este texto, adorei...

"é como um infindável mas ensurdecedor silencio, uma dor tao profunda einsuportavel como se alguem nos apertasse com força o coraçao, sugasseo que temos no peito, que insiste em não querer sair..na cabeça só oeterno som do vento,das folhas, como um frio e chuvoso dia de outono,em que sós na estrada, nos sentamos vazios e choramos com a chuva. eassim desejamos permanecer para sempre, imóveis,cansados,desistentes.o caminho torna-se mais longo a cada passo, e a gargantanada deixa passar, dói.tudo é excessivamente doloroso, tudo é vontadede xorar, de permanecer na escuridão.o frio interior, o corpo trémulo,os olhos rasos, a boca eternamente fechada, abri-la é inutil, écansaço também.falar, rir, sorrir.como custa tudo isto..entrar emnós.é isso, entrar e nao sair, como duas meias que se enrolam sobresi,para si, e ficar assim, deixar ficar preguiçosamente tudo comoestá, porque custa demais não chorar, não pensar, não sofrer.mastambém porque tudo isto custa, e dói.apenas o corpo denuncia a nossapresença, mecanicamente vamos existindo para os outros e o mundo nãonos julgarem tambem mortos, paranos protegermos das infindaveisinterrogaçoes, para fingirmos continuar o ritmo da sociedade, para quepensem e pensemos que afinal tudo passa.como dói tudo isto, e como dóinão querer sair disto, deste confortavel sofrimento, desta descargacontinua de emoções à flor da pele e do pelo (que mais à superficieestá), deste colo de nós mesmos emque somos simultaneamente abraço esolidão..tudo isto passa, um dia.todo este frio, o gelo que deixamosformar dentro de nós,a barreira que criamos com o resto do mundo,porque é doloroso demais ouvir vozes, ou não as ouvir mas assistir aocinema mudo que nos rodeia,à vida frenetica que nos deixou esquecidose que queremos não apanhar.tudo isto passa quado aos poucos formosabrindo as nossas janelas,deixando timidamente entrar o sol, o ruido,a vida, e por fim as pessoas.que essas custa a encarar.que essas nãosão eternas como o assobio do vento, essas não nos prometem sereternas, e, quando despreocupadamente as julgamos na nossa sala deespera, elas saem, sem avisar sem dar motivos nem mostras de queestavam so de passagem, e simplesmente se cansaram.tudo passa..acomeçar pela própria vida..tudo passará.quando?não interessa,agora,sentado preguiçosamente na minha tristeza, kero que nada passe.querosimplesmente ficar,sozinho, na estrada molhada, num dia ventoso deoutono, a sentir as folhas cair e a chuva colar-se-me ao corpo,trespassá-lo e deixá-lo ao abandono da sua eterna saudade."

"silencio antes de nascer, silencio depois da morte.a vida é um meroruído entre dois insondáveis silêncios." (fernandopessoa)

Paula Rodrigues

terça-feira, outubro 11

ola...

Se fosse um dia normal já ontem falaria de eleições..mas não o é...Perdi um amigo...Está a ser um dia complicado, principlamente agora que cheguei a casa..A natureza é a batuta da nossa vida e só ela sabe quando manda calar a orquestra..Deixo aqui um poema para ti que adoro e que muito diz..

SONATA DE OUTONO

Inverno não mas ainda Outono
a sonata que bate no meu peito
poeta distraído cão sem dono
até na própria cama em que me deito.
Acordar é a forma de ter sono
o presente o pretérito imperfeito
mesmo eu de mim próprio me abandono
se o rigor que me devo não respeito.
Morro de pé, mas morro devagar.
A vida é afinal o meu lugar
e só acaba quando eu quiser.
Não me deixo ficar. Não pode ser.
Peço meças ao Sol, ao Céu, ao Mar
pois viver é também acontecer.
José Carlos Ary dos Santos
Até sempre Tio...

sábado, outubro 8

futebol hoje..amanha os votos...

Bem parabéns Angola e Portugal, o sonho de estar na fase final do campeonato do mundo cumpriu-se...Portugal era esperado, mas Angola é de facto fantástico..Simpatizo muito com Angola, tem tudo para ser feliz assim o deixem.Sim estou a falar do País social, não do País futebolistico, mas cá como lá o dinheiro ddita as leis, é triste e está nas mãos do povo mudar ou fazer com que se mude..

Comprimentos!!

sexta-feira, outubro 7

Fim da campanha

Hoje a 0h termina a camapnha eleitoral..Amanha é dia de reflexão..Espero que a maioria já tenho decidido em quem votar..Não houve campanha mais séria que a campanha da CDU. Jerónimo faz-me recordar Cunhal..Está a crescer como político, Esta a crescer como orador e temos Secretário geral!!
Quero e espero que CDU não perca nenhuma camara, nem para aqueles que nestas eleições concorrem em outras listas, aqueles que durante anos foram nosso e agora são dos outros, aqueles que se deram a conhecer pelo partido e que agora nem se lembram dele, aqueles que durante anos se diziam comunistas e que agora viram as costas como se nada fosse..Espero que os municipes saibam avaliar o caracter dessas pessoas e não esquecam que os autarcas CDU têm uma linha de acção colectiva e que esses canditados que agoram concorrem perderam essa linha de acção pois agora naõ decidem colectivamente, decidem unitariamente...Enfim espero que a CDU ganhe e mantenha, Espero que as pessoas votem, que saiam de casa e que exercam esse direito e dever.Espero que a democracia vença para bem das pessoas.

Força CDU!! domingo fazemos as contas...

quinta-feira, outubro 6

Ditadura? leiam a verdadeira democracia....

Esta descrito no meu blog este endereço e aconselho todas as pessoas a passarem por lá, vale a pena.Estou cansado e não me apteceu pensar muito, talvez porque o que me aprecesse dizer está aqui descrito..Podia não ser a realidade venezuelana mas outra qualquer, o que interessa são as ideias, ideais, convicções...

Venezuela: um país em transformação

por João Pedro Stedile [*]

"Caros amigos e amigas: Escrevo-lhes das planícies bolivarianas do estado de Barinas, no centro da Venezuela. Estou aqui fazendo um recorrido, como eles dizem, para conhecer o processo de reforma agrária na Venezuela. Fiquei impressionado. Muito impressionado. Afinal como diz o provérbio oriental, "Os olhos enxergam mil vezes mais do que os ouvidos". A Venezuela teve um passado glorioso no século XIX com as heróicas lutas pela independência lideradas por Simón Bolivar, Ezequiel Zamora, e que tiverem como auxiliar um bravo combatente brasileiro que chegou ao posto de general: Abreu de Lima, natural de Pernambuco, de quem os venezuelanos se orgulham muito até hoje, embora nós os brasileiros ainda mal conheçamos sua historia, lamentavelmente... No entanto, o século XX reservou-lhe uma verdadeira tragédia económica e social. Seu território está deitado em cima de um imenso lençol de petróleo. E a civilização estadunidense construída em cima da energia do petróleo, praticamente transformou Venezuela em colónia sua, para garantir o abastecimento da principal fonte de energia dos Estados Unidos. A Venezuela é responsável pelo abastecimento de 25% de todo petróleo consumido nos EUA. Houve uma "santa aliança" entre uma oligarquia local minoritária, que se apoderou do estado e dos recursos do petróleo -- locupletou-se! – e, de outro lado, a força política-económica-ideológica e militar do império do norte. Resultado: 80% da população imersa na pobreza absoluta, enquanto 2% viviam nababescamente. Apenas 8% da população sobreviveu no meio rural, pois agricultura foi completamente marginalizada. E o país passou a comprar 88% de todos os alimentos no exterior. Esse foi o contexto histórico em que finalmente, a partir de 1998, com a vitória eleitoral de um jovem e impetuoso coronel, banido das formas armadas, se iniciou a mudança. E eles ingressaram no século XXI, com uma nova perspectiva. A Venezuela deixou de ser colónia estadunidense e passou a ser a República Bolivariana do Povo da Venezuela. No início parecia que ia ser mais um desses milicos populistas enganadores, que tantas vezes chegaram ao poder em nosso continente. A oligarquia local perdeu as eleições, mas tentou manter a mesma equipe económica do governo perdedor (já viram esse filme em outros países?). Durou seis meses apenas essa tentativa de cooptação. E o jovem coronel Chavez parece que não estava brincando em serviço. Tratou logo de mudar as instituições. Convocou uma constituinte, que alterou todas as leis do país e abriu passo à participação popular. E o povo acreditou e passou a mobilizar-se e a participar desse governo, que devargazinho foi-se transformando num governo popular e revolucionário. Ao mesmo tempo, foi incorporando cada vez mais os sentimentos anti-imperialistas e independentistas de Simón Bolivar. Havia estado aqui em 2001, para um seminário sobre os desafios da humanidade. Não vi então grandes mudanças. Na volta não pude contar muita coisa aos meus companheiros e companheiras da Via Campesina Brasil. Hoje percebo que o processo estava em gestação. Ao voltar agora vejo enormes mudanças. No governo, no povo, no processo, no jeito de se fazer as mudanças. Só não mudaram as elites, as oligarquias, agarradas tal como carrapatos parasitas aos seus privilégios. Elas tentam, de qualquer maneira, impedir as mudanças. O presidente Chavez passou por seis plebiscitos, um referendum e duas eleições. Ganhou todas. E mesmo assim, chamam-no de ditador ou déspota. E alguns comparsas da burguesia brasileira também repetem isso. Mas o que está mudando mesmo? Mudou o sentido da política para o povo. O povo está-se conscientizando e participando ativamente em todas as decisões do estado e do governo. E esse é o caminho principal: fazer com que as massas participem da vida do país. Mudou o sentido da economia. Ainda mais aqui, com uma dependência de 80% do petróleo. Pois bem, os milhares de milhões de dólares do petróleo, que antes eram usados por apenas 8% da população para se locupletar em luxo e estravagâncias, agora financiam a universalização dos serviços públicos da saúde e da educação para todo o povo. Agora, servem para distribuição de renda, na forma de garantia de alimentos a preços de custo, de educação gratuita, de construção de moradias populares, na distribuição da terra. Mudou na sua política externa, agora exercida com altivez e com um claro sentido de independência ao imperialismo. Mudou o papel das forças armadas. Fiquei impressionado com o grau de politização de jovens tenentes, majores, capitães, que não mais vivem em quartéis, mas assumem ativamente a administração de projetos sociais: na construção de estradas, pontes, na administração de mercados populares, etc. Deram sentido à sua farda. Vi agora soldados -- armados mas amados pelo povo, como cantou Geraldo Vandré -- ajudarem a ocupar a fazenda Malquinesa, recém desapropriada dos seus 8.600 hectares totalmente improdutivos, embora representassem os melhores solos do país, na planície barinenha. Vi jovens pobres, entusiasmados, pois agora podem estudar não apenas o primário e o secundário como se inscreverem em qualquer curso universitário. Vi o Presidente anunciar a abertura de 20 mil vagas para estudantes de medicina, a se iniciar neste ano letivo. Vi o presidente participar de um programa de televisão, durante sete horas, em que se discutem todos os problemas do país, com uma transferencia impressionante. Vi um generoso processo de reforma agraria, que expropria todas as terras que estejam griladas por grandes fazendeiros que não conseguirem comprovar sua origem. E mesmo assim respeita todas as propriedades até 5 mil hectares. Vi a oligarquia rosnar como cão fedorento, dizendo ser essa lei, aprovada por mais de 80% dos deputados, uma afronta ao direito de propriedade! Vi pelas ruas e bibliotecas populares, o estado distribuir mais de um milhão de exemplares de grandes títulos de literatura universal, como Os miseráveis de Victor Hugo, Dom Quixote, etc. Vi um povo mobilizadíssimo e consciente em defesa de seus interesses e lutando por verdadeiras transformações económicas e sociais. Vi o presidente da Republica denunciar, em rede de televisão, que havia uma empresa de petróleo operando 15 mil postos de gasolina e três refinarias, dentro dos Estados Unidos, durante 35 anos, de propriedade do estado venezuelano, e que nesses 35 anos, antes do Governo Bolivariano, nenhum centavo havia sido remetido para a Venezuela. E que finalmente, agora, depois de várias intervenções, pela primeira vez, em 2005, em apenas oito meses, a nova administração remeteu para o país 500 milhões de dólares de lucro líquido. Imaginem o que roubaram em 35 anos! E o Presidente anunciava que esse dinheiro não previsto no orçamento seria utilizado para investimentos sociais, com as camadas mais pobres da população. É certo no entanto, que eles enfrentam enormes desafios. Muitas barreiras, como essa de livrar-se da dependência da compra de alimentos. Como o desafio de remontar uma estrutura produtiva no país, usando os recursos do petróleo, para outros investimentos produtivos, gerando trabalho para todos. Dizem, eles que o maior desafio é construir um novo modelo económico, que rompa com a dependência do petróleo e do império financeiro. E que se encaminhe para o socialismo. Chamam a isso processo de construção de um modelo de desenvolvimento endógeno, local, venezuelano. Vi muitas mudanças que estão melhorando a vida do povo pobre da Venezuela. Vi homens e mulheres caminharem com orgulho e dignidade, de cabeça erguida. Vi que a América Latina tem saída. Basta que tenhamos um povo consciente, organizado e mobilizado. E um governo comprometido com seu povo e não com o capital. Meninos e meninas, juro, que vi tudo isso !
[*] Dirigente da Via Campesina, Brasil
O original encontra-se na revista Caros Amigos, edição de Outubro/2005.
Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ . "

terça-feira, outubro 4

GGM ou não...

Há uns tempos recebi um mail com uma carta de despedida de Gabriel Garcia Marquez, supostamente seria a carta de despedia pois ele padeceria de uma doença mortal...Ao fim ao cabo a carta foi escrita por um anónimo Mexicano que nas horas vagas se dedica á escrita..Qual das versões é correcta ou se nenhuma delas é não o sei mas sei que gosto muito da dita, ai vai:

"Se por um instante Deus se esquecesse de que sou uma marioneta de trapo e me oferecesse um pouco mais de vida, não diria tudo o que penso mas pensaria tudo o que digo. Daria valor às coisas, não pelo que valem, mas pelo que significam.Dormiria pouco, sonharia mais, porque entendo que cada minuto que fechamos os olhos perdemos sessenta segundos de luz. Andaria quando os outros param, acordaria quando os outros dormem. Ouviria quando os outros falam e como desfrutaria um bom gelado de chocolate! Se Deus me oferecesse um pouco de vida, vestir-me-ia de forma simples, deixando a descoberto não apenas o meu corpo, mas também a minha alma. Meu Deus, se eu tivesse um coração, escreveria o meu ódio sobre o gelo e esperava que nascesse o sol. Pintaria com um sonho de Van Gogh sobre as estrelas de um poema de Benedetti e uma canção de Serrat seria a serenata que eu ofereceria à lua! Regaria as rosas com as minhas lágrimas para sentir a dor dos seus espinhos e o beijo encarnado das suas pétalas... Meu Deus, se eu tivesse um pouco de vida...não deixaria passar um só instante sem dizer às pessoas de quem gosto que gosto delas. Convenceria cada mulher ou homem que é o meu favorito e viveria apaixonado pelo amor. Aos homens provar-lhes-ia como estão equivocados ao pensar que deixam de se apaixonar quando envelhecem, sem saberem que envelhecem quando deixam de se apaixonar!A uma criança dar-lhe-ia asas, mas teria de aprender a voar sózinha. Aos velhos ensinar-lhes-ia que a morte não chega com a velhice, mas com o esquecimento. Tantas foram as coisas que aprendi com vocês os homens! Aprendi que todo o mundo quer viver em cima da montanha, sem saber que a verdadeira felicidade está em subir a encosta... Aprendi que, quando um recem-nascido aperta com a sua pequena mão, pela primeira vez, o dedo de seu pai, o tem agarrado para sempre. Aprendi que um homem só tem direito a olhar outro de cima para baixo quando vai ajudá-lo a levantar-se... São tantas as coisas que pude aprender com vocês, mas não me irão servir realmente de muito, porque, quando me guardarem dentro dessa maleta, infelizmente estarei a morrer..."